UM POUCO DA HISTÓRIA DO CRISTO REDENTOR DE SOBRAL

Por onde se passa em Sobral o comentário é geral: "Não existe ninguém nessa cidade que pare essa ideia maluca do prefeito de derrubar a estátua do Cristo Redentor?

O "Morro do Cruzeiro das Missões" como era chamado antigamente o Alto do Cristo, foi doado pelo Sr. Aristides Frederico de Andrade ao Bispo Dom José Tupinambá para construção de uma estátua do Cristo Redentor, com o objetivo de manter a tradição das romarias ao "Cruzeiro" que existiam no local onde foi construído o monumento do Cristo, o qual passou a ser um ícone do sobralense. A pedra fundamental foi lançada e benta em setembro de 1938.

O projeto foi encorajado pelo Monsenhor Vicente Martins que encomendou a um escultor italiano que residia em Juazeiro/Ce a estátua com 28 metros de comprimento. O monumento foi pago pela Diocese com a cooperação popular e foi transportada de trem para Sobral e inaugurada em 28 de maio de 1939.

A comunidade do "Alto do Cristo" continua desassistida, mesmo assim cresce aos "trancos barrancos" com impulso da Diocese que construiu no "Alto" a Capela de Santo Agostinho e no bairro Pe. Ibiapina o Santuário Mãe Rainha, veem contribuindo significamente com a socialização e investimentos imobiliários nessas comunidades.

Foi pensado na gestão do ex-prefeito Leônidas Cristino um projeto para o "Alto do Cristo", beneficiando uma área de 20.000 m2, com pavimentação em piso em concreto lavado, pedra cariri e iluminação artística do pátio da estátua do Cristo Redentor, além da construção de praça, escadarias e outras benfeitorias reivindicadas pelos moradores das comunidades. O projeto não saiu do papel!

Seria Utopia pensar na construção de um complexo turístico arrojado para o local, com escadarias e calçadões ligando o "Cristo" à Igreja da Ressurreição, ao longo do percurso, estátuas lembrando o martírio de Jesus Cristo no Calvário, exemplo das estações da via Sacra que existem na Cruz da Romana, na Meruoca e no Santuário da Imaculada Rainha do Sertão, em Quixadá-Ce, tornando esse aporte num "teatro a céu aberto" destinado aos espetáculos da "Paixão de Cristo" exibidos às duras 

penas" por artistas de rua e grupos de teatros informais, que se apresentam durante a "Semana Santa" em bairros da cidade. Seria uma forma inteligente de reverter à intuição destruidora do gestor municipal.

A construção de um "mirante" seria outro atrativo à parte. Em seu entorno e da estátua uma praça de alimentação, com restaurante e quiosques funcionando o ano inteiro para acolher os fiéis de Santo Expedito e da Mãe Rainha, inclusive arquibancadas para shows em outras atrações artísticas. Seguramente a população e os turistas teriam uma visão panorâmica esplêndida de toda Sobral!

Difícil é fazê-lo retroceder de sua ideia em pensar derrubar a estátua de Cristo Redentor, entretanto, esse complexo turístico proposto se tornaria em curto tempo uma atração inteligente, capaz de movimentar, gerar empregos, renda e oxigenar a economia do "Alto do Cristo e do bairro Padre Ibiapina, além de urbanizar dos dois logradouros.

Enfim, pensar em derrubar a estátua é muito fácil, difícil é pensar em construir uma de Dom José, na Ermida, que fica no sopé da Serra da Meruoca a propósito do projeto do Dep. Estadual Ely Aguiar para a construção da estátua de N.S. de Fátima, no Crato, que recebe o voto de gratidão do cratense e do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, por Dr. Mauro Sampaio, imortalizado na região do Cariri por gerar oportunidades de emprego e renda para todos, com projetos desenvolvimentistas e de turismo sustentável. Isso sim é empreendedorismo e amar à terra natal.

Parque Silvana em Foco