DÓLAR ALTO NÃO ENCARECE APENAS AS VIAGENS AO EXTERIOR. VEJA O IMPACTO NA SUA VIDA
O dólar comercial bateu R$ 4,05 nesta segunda-feira (4), após a divulgação de dados negativos da indústria chinesa. A alta da moeda norte-americana impacta diretamente no bolso dos brasileiros, principalmente daqueles que consomem produtos importados ou estão com viagens marcadas para o exterior. Mas não são só eles que sentem esses efeitos.
Viagens
Os brasileiros que planejam viajar para o exterior, mas que ainda não adquiriram a moeda, podem ter grandes dores de cabeça agora. Enquanto o dólar comercial atingiu o valor de R$ 4,05, o preço para comprar a moeda na cotação turismo pode ultrapassar R$ 4,10.
Nestes casos, a sugestão de sempre dos especialistas é a de comprar a moeda aos poucos. O objetivo, por trás dessa estratégia, é diluir as perdas. Como a moeda está muito instável, se o comprador adquirir o dólar aos poucos, ele conseguirá aproveitar boas cotações ao longo do tempo. Assim, a dica é comprar mais dólares sempre que ocorrerem novas quedas.
Importados e inflação
O dólar valorizado afeta o preço dos produtos importados e também daqueles produzidos no País, mas que utilizam insumos vindos do exterior. Um exemplo clássico é o "pãozinho" de todo dia, já que boa parte de nossa farinha de trigo é importada.
Esse encarecimento também se reflete em produtos como carros, videogames, alimentos e bebidas em geral — como vinhos, azeites e o bacalhau português.
Indústria e empregos
A desaceleração da indústria é uma das principais responsáveis pelo fraco desempenho econômico brasileiro em 2015. O dólar mais alto, no entanto, pode ajudar a reverter esse cenário.
A desvalorização ajuda o País a vender mais produtos no mercado internacional, pois os produtos brasileiros ficam mais baratos. E isso pode ajudar no desempenho da indústria e até na geração de empregos.
Além disso, como os importados tendem a ficar mais caros dentro do Brasil, os produtos nacionais ficam com os preços mais atraentes internamente, o que também pode se refletir positivamente na indústria.
No entanto, para as empresas que têm dívidas em dólar, o cenário é ainda pior, por motivos óbvios: as dívidas mantêm os valores em dólares, mas ficam mais caras em reais.
R7
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