DILMA REASSUME O COMANDO DA ÁREA ECONÔMICA
“Governo novo, ideias novas”, anunciava Dilma Rousseff na campanha de 2014. Decorridos os primeiros 12 meses do segundo mandato, as ideias ainda não apareceram. A presença de Joaquim Levy na Fazenda indicava que o novo seria a adoção da plataforma do adversário. Foi como se Dilma decretasse sua própria morte.
Pois bem. A substituição de Joaquim Levy por Nelson Barbosa, cúmplice de pedaladas, revela que a presidente acredita em vida depois da morte. Mais: Dilma avalia que já está vivendo essa vida. Não é só: decidiu viver a vida pós-morte exatamente como a anterior: temerariamente. Errar é humano. Mas escolher planejadamente o mesmo erro, só mesmo Dilma.
Para a poltrona que Nelson Barbosa ocupava no Planejamento, Dilma nomeou Valdir Simão, que comandava a Controladoria-Geral da União. Barbosa e Simão têm algo em comum. Ambos seguem Dilma como devotos. Quer dizer: após curta fase de simulação, a pseudogerentona reassumiu formalmente a chefia da Economia.
O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) disse nesta sexta-feira que a política econômica é de Dilma, não dos ministros. Verdade. Dilma é responsável pela inflação alta, o desemprego crescente e a recessão. Suas digitais estão impressas também nas barbeiragens que conduziram o Brasil à ruína atual.
Na sua primeira entrevista coletiva como novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa —elogiado por Lula e pelo PT— defendeu o rigor fiscal da boca pra fora, mas numa veemência às vezes muito parecida com a sinceridade.
Surgiu, finalmente, o governo novo de que falava Dilma na campanha de 2014. Propõe ideias novas que deixem tudo exatamente como está, à beira do precipício.
Blog do Josias
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